
A lagarta Helicoverpa armigera é popularmente conhecida como lagarta-armigera.
Sua classificação taxonômica:
- Reino: Animalia
- Filo: Arthropoda
- Classe: Insecta
- Ordem: Lepidoptera
- Família: Noctuidae
- Subfamília: Heliothinae
- Gênero: Helicoverpa
- Espécie: Helicoverpa armigera
Culturas atacadas
Essa praga apresenta alto grau de polifagia, atacando diversas culturas de importância econômica. Entre elas estão soja, milho, algodão, tomate, feijão e sorgo. Outras culturas como trigo, girassol, amendoim e hortaliças também podem ser prejudicadas.
Biologia
Helicoverpa armigera a por metamorfose completa, com fases de ovo, larva, pupa e adulto. Os ovos são depositados isoladamente, principalmente durante a noite, e eclodem em cerca de 3 dias.
A fase larval possui seis instares e é a mais prejudicial. As larvas apresentam coloração variável, podendo influenciar sua capacidade de resistência.
As pupas se desenvolvem no solo, podendo entrar em diapausa.
O ciclo completo pode levar de 4 a 6 semanas, dependendo das condições climáticas.
Essa praga possui alta capacidade adaptativa:
- Desenvolve resistência rápida a inseticidas (organofosforados, piretroides, carbamatos).
- Há registros de resistência a proteínas Bt (como Cry1Ac, Cry2Ab e Vip3A) em várias partes do mundo, incluindo o Brasil.
- Apresenta variabilidade genética elevada , o que facilita adaptações a diferentes ambientes e pressões seletivas.
Ecologia
Essa espécie possui ampla distribuição geográfica, sendo registrada em diversos continentes, incluindo a América do Sul.
No Brasil, foi identificada oficialmente em 2013.
As mariposas adultas apresentam grande mobilidade, podendo migrar até 1.000 km. Sua capacidade de adaptação e sobrevivência a condições adversas permite várias gerações ao longo do ano.

Danos
As larvas causam prejuízos significativos, alimentando-se tanto de estruturas vegetativas quanto reprodutivas das plantas.
Preferem flores, frutos e vagens, causando deformações, quedas e apodrecimento. Estima-se que as perdas globais devido a H. armigera ultraem 5 bilhões de dólares anuais.
No Brasil, ataques severos foram registrados em diversas regiões, levando à redução da produtividade de cultivos como soja, milho e algodão.
Controle
O manejo de H. armigera requer estratégias integradas:
- Monitoramento: utilização de armadilhas com feromônios e inspeções regulares nas plantas.
- Controle biológico: introdução de inimigos naturais, como parasitoides e predadores.
- Controle químico: uso criterioso de inseticidas, priorizando o combate às lagartas pequenas para maior eficácia e menor impacto ambiental.
- Plantas transgênicas: emprego de variedades Bt com manejo adequado de áreas de refúgio.
- Controle cultural: implementação do vazio sanitário para reduzir a oferta de hospedeiros na entressafra.
- Técnicas alternativas: sistemas como "push-pull" e armadilhas de confundimento de machos podem ser complementares.
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