MS Safra 2024/25: plantio do milho 2ª safra é concluído
Segundo a Aprosoja/MS, condições das lavouras são relativamente boas
A previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) para o mês de junho indica chuvas acima da média nas porções norte e leste da Região Nordeste, Rio Grande do Sul e norte da Região Norte (tom em azul no mapa da Figura 1a). Nas regiões Centro-Oeste e Sudeste, além do interior da Região Nordeste, sul da Amazônia, Paraná e Santa Catarina, os volumes de chuvas devem ser entre a média climatológica (tom em cinza no mapa da Figura 1a) e abaixo da média (tom em amarelo no mapa da Figura 1a).
Para a Região Nordeste, são previstas chuvas acima da média no norte do Maranhão, Piauí e Ceará, assim como na faixa deste a Paraíba até Sergipe (tom em azul no mapa da Figura 1a), com volumes que podem ultraar os 80 mm. No interior da região, normalmente tem-se redução das chuvas, em que a previsão indica volumes próximos e abaixo de 60 mm, principalmente no oeste da Bahia, sul do Maranhão e do Piauí, onde podem haver dias consecutivos sem chuva (tom em amarelo no mapa da Figura 1a).
Na maior parte das Regiões Centro-Oeste e Sudeste, a previsão indica chuvas próximas à média histórica (tons em cinza no mapa da Figura 1a), com volumes inferiores a 100 mm. É possível que em algumas localidades ocorram dias consecutivos sem chuva. Nos estados de Mato Grosso do Sul e São Paulo, as chuvas variam entre 30 mm e 80 mm no mês de junho e a tendência é de chuvas ligeiramente abaixo desta faixa (tons em amarelo no mapa da Figura 1a).
Na Região Sul, a previsão é de chuvas próximas e abaixo da climatologia nos estados do Paraná e Santa Catarina (tons em cinza e amarelo no mapa da Figura 1a), com volumes inferiores a 180 mm. Já no Rio Grande do Sul, são previstos acumulados de chuva próximos e acima da média histórica (tons em cinza e azul no mapa da Figura 1a), podendo ultraar os 140 mm ao longo do mês.
Considerando o prognóstico climático do Inmet para junho de 2025 e seus possíveis impactos nas principais culturas, a previsão de chuvas acima da média na parte leste do Nordeste, poderá beneficiar os cultivos de feijão e milho terceiras safras na região do Sealba (que abrange os estados de Sergipe, Alagoas e Bahia). Entretanto, na região do Matopiba (que abrange os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), há uma tendência de redução das chuvas, o que pode provocar restrição hídrica em parte das lavouras de milho segunda safra, especialmente durante a fase de floração, período em que a cultura demanda maior disponibilidade hídrica.
Para as regiões Centro-Oeste e Sudeste, a previsão para junho indica volumes de chuva próximos e inferiores à média. Neste cenário, os acumulados previstos devem ser suficientes para favorecer a maturação e a colheita da cana-de-açúcar e do café. No Mato Grosso do Sul e em Mato Grosso, as condições climáticas previstas não devem impactar negativamente as culturas de trigo e milho segunda safra.
Na Região Sul, as condições de chuvas próximas e abaixo da média no Paraná e Santa Catarina serão favoráveis para finalização da colheita dos cultivos de primeira safra, bem como do feijão segunda safra.
Quanto às temperaturas, a previsão indica que devem ficar acima da média em grande parte do país (tom em laranja no mapa da Figura 1b). Por outro lado, em áreas das regiões Norte e Nordeste, as temperaturas médias devem se manter próximas à climatologia, variando entre 25°C e 28°C.
Apesar da tendência de temperaturas acima da média no centro-sul do Brasil, os valores devem permanecer abaixo dos 20°C em áreas do centro-sul de Minas Gerais, leste de São Paulo e sul do Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Além disso, em localidades de maior altitude das regiões Sul e Sudeste, a incursão de massas de ar frio poderá provocar quedas acentuadas nas temperaturas, com valores que podem ficar abaixo dos 15°C.
Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura