Como a adubação sustentou o domínio agrícola no norte da Europa
Análise revela que o cultivo intensivo e adubado do centeio começou séculos antes do imaginado
O avanço das colheitas e o bom desenvolvimento das lavouras marcaram a semana entre os dias 13 e 19 de maio no Paraná, segundo boletim do Departamento de Economia Rural (Deral). Apesar das boas condições em diversas regiões, a persistência da estiagem em parte do Estado gera apreensão, especialmente em relação ao abastecimento de água.
A colheita da mandioca segue conforme o cronograma, ao mesmo tempo em que os produtores já iniciam o preparo do solo para a próxima safra. O amendoim também está sendo colhido normalmente, embora o rendimento médio deva ficar abaixo do estimado inicialmente devido às intempéries climáticas. Ainda assim, algumas lavouras apresentam resultados pontuais bastante positivos.
No caso do arroz irrigado, a colheita segue sem dificuldades e deve ser concluída ainda na segunda quinzena de maio. As tangerinas, por sua vez, apresentam excelente qualidade e volume, impulsionadas pelo manejo adequado e pela baixa incidência da mosca-das-frutas. Os preços pagos até o momento são considerados satisfatórios.
A colheita do café avança lentamente, com apenas 16% das lavouras colhidas, já que os frutos ainda não atingiram maturação ideal. A qualidade do grão, no entanto, está dentro dos padrões esperados. No campo do feijão 2ª safra, a colheita atingiu 45% da área e se intensificou nesta semana. Embora as produtividades tenham melhorado, continuam abaixo do ideal devido à estiagem e ao ataque de mosca-branca. Algumas áreas foram completamente perdidas. Além disso, a antracnose tem causado prejuízos, principalmente em regiões de baixada. Os preços mostram reação, mas ainda não atendem às expectativas dos produtores.
A soja segunda safra também segue sendo colhida normalmente, com a comercialização ainda em ritmo lento por conta dos preços considerados baixos. Já o milho safrinha, com plantio concluído e colheita iniciada em 1% das áreas, mostra bom desenvolvimento. As recentes chuvas contribuíram para o avanço das lavouras, apesar de acamamentos pontuais. Mesmo em áreas que não receberam precipitações, o clima ameno e a presença de sereno mantêm as plantações em boas condições. Contudo, perdas significativas são observadas em áreas semeadas no início da safra.
No trigo, 49% da área estimada já foi plantada. As chuvas recentes, somadas à queda de temperatura, favoreceram tanto a semeadura quanto o desenvolvimento inicial das lavouras. Ainda assim, o setor demonstra desânimo: os altos custos de produção, a baixa cobertura do seguro rural e as limitações do zoneamento climático contribuíram para a redução na área cultivada. Há, no entanto, expectativa para a implantação de uma terceira safra após a colheita do milho safrinha.
A cevada também começou a ser semeada, com 19% da área já plantada, impulsionada especialmente pelo fomento das cooperativas. As culturas de cobertura de solo — como aveia, ervilhaca e mix de inverno — também estão em fase de plantio e apresentam bom desenvolvimento inicial.
As pastagens se beneficiaram com a umidade e vêm produzindo boa quantidade de massa verde, facilitando o manejo do gado de corte e leite. Apesar disso, o déficit hídrico permanece em algumas regiões, com chuvas abaixo da média. A situação preocupa e pode levar alguns municípios a decretarem estado de emergência. Em algumas propriedades, já há dificuldades no abastecimento de água para os animais, exigindo o transporte com caminhões e tratores com tanques.
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