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O presidente global da Syngenta, Steven Hawkins, afirmou que "o futuro da agricultura brasileira é agora" durante sua fala no One Agro, evento promovido pela própria empresa. Segundo ele, a iniciativa deve ser vista como um movimento, e não apenas como fórum ou reunião.
Hawkins destacou a importância da co-criação do futuro do agro no Brasil, com a participação ativa de todos os elos da cadeia. “Se as pessoas certas estiverem juntas, encontramos as soluções certas”, disse, ao ressaltar a diversidade dos participantes — de produtores a pesquisadores, de representantes do governo a influenciadores.
Dois pilares centrais marcaram sua fala: educação e inteligência artificial. Sobre o primeiro, o executivo elogiou a palestra de Letícia Jacintho, que propôs o desafio de pensar nas próximas gerações. “Educar, criar capacidade e gerar impacto” foi a síntese que Hawkins levou consigo.
Em relação à inteligência artificial, Hawkins afirmou que o tema ganhou força não apenas por estar em evidência, mas por seu potencial real de transformação. Elogiou o dinamismo do e reiterou que a Syngenta já aplica IA em áreas como pesquisa de moléculas, logística e planejamento.
Chamou atenção para o uso estratégico de dados como ferramenta ainda pouco explorada na agricultura, inclusive no Brasil. “Dados são a moeda do futuro”, destacou, citando os istas.
Ao final, alertou que o cenário global volátil exige ação imediata do setor agrícola. “Existe uma janela única de oportunidade para o Brasil. O futuro está nas suas mãos. E o futuro é agora”, concluiu.
Capacitação técnica e gestão moderna formam o alicerce do agronegócio do futuro. A avaliação é de Igor Silva, diretor de o ao mercado da Syngenta. Em entrevista, ele ressaltou que a formação profissional precisa acompanhar a velocidade da inovação tecnológica, com destaque para a inteligência artificial e a digitalização.
Segundo Silva, o Brasil já se posiciona como modelo global de eficiência agrícola. No entanto, a gestão das propriedades ainda oferece amplo espaço para avanços. “As novas tecnologias devem ser incorporadas rapidamente. Quem souber utilizá-las com inteligência, tomará melhores decisões e aumentará sua eficiência”, afirmou.
A Syngenta investe há anos em programas de capacitação. O principal deles é o Centro de Excelência, que reúne academias voltadas para diferentes públicos do setor. As formações abrangem desde agrônomos de cooperativas e distribuidores até CEOs e agricultores familiares. “Temos cursos que vão da preparação de sucessores à qualificação de equipes de RH e gerentes agrícolas”, explicou.
Mais de mil profissionais já aram por esses treinamentos. Entre os agricultores atendidos, o foco está em melhorar a gestão interna das fazendas e promover a adoção de novas práticas produtivas. Para os parceiros comerciais, a empresa observa ganhos diretos em desempenho. “Quem é treinado fala com mais propriedade e se torna mais efetivo nas recomendações”, comentou Silva.
A Syngenta também fomenta redes de troca técnica como os Gtecs e Gteos, que reúnem consultores, pesquisadores e produtores de diferentes regiões e culturas. Além disso, iniciativas como o Programa Aliança e o Programa Otto reforçam o relacionamento com cooperativas e produtores.
A digitalização, apontada como transformadora na capacitação e na agronomia, amplia o alcance das informações e facilita a tomada de decisão no campo. Ferramentas digitais permitem chegar a um número maior de pessoas e contribuir com a disseminação de boas práticas. “É uma grande aliada para informar mais gente e impulsionar mudanças positivas”, disse o diretor.
Silva destacou ainda áreas com potencial inexplorado, como a irrigação, o uso de biológicos e a integração de soluções digitais no manejo agronômico. “O Brasil tem abundância de água. A irrigação pode avançar muito. Biológicos ainda são pouco conhecidos, mas trazem ganhos importantes de produtividade.”
Ele reforça que, embora o manejo químico e a fertilidade do solo estejam bem consolidados, novas moléculas e tecnologias trazem desafios. “Essas inovações mudam a forma de manejar. Com a variabilidade do clima tropical, surgem novas pragas e doenças. A atualização técnica precisa ser constante.”
Para o futuro, Silva defende um profissional multifacetado, com domínio técnico, visão de gestão e capacidade de adaptação. “Aqueles que conseguirem aliar essas competências estarão melhor preparados para liderar o agro brasileiro em sua nova fase de crescimento.”
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